segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Convivas




Fotos: Guilherme artigas
do meu quintal...

Conviva oficial

Gusmão: O bão
Foto:Guilherme Artigas

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Sempre indispensável

Enquanto uma pintura ou uma descrição em prosa jamais podem ser outra coisa que não uma interpretação estritamente seletiva, pode-se tratar uma foto como uma transparência estritamente seletiva. Porém, apesar da presunção de veracidade que confere autoridade, interesse e sedução a todas as fotos, a obra que os fotógrafos produzem não constitui uma exceção genérica ao comércio usualmente nebuloso entre arte e verdade. Mesmo quando os fotógrafos estão muito mais preocupados em espelhar a realidade, ainda são assediados por imperativos de gosto e de consciência. (SUZAN SONTAG, 1977)

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

As compactas ainda vão dar o que falar...

Mal de você.
Ou bem.
A situação é a seguinte: Você está lá ganhando seu doce dinheirinho fotografando um evento. Nele algumas senhoras na melhor idade estão felizes da vida. aaaiai...
Então, como sempre: moooço tira uma foto nossa? - Claro, claro.
Você faz a foto e logo, do grupo, sai uma tia mais esperta e diz com ternura: você pode tirar uma com a minha?
Isso é comum, quem é neto, sobrinho ou trabalha com foto está acostumado.
Então você, todo gentil diz novamente – claro, claro.
Malandrão da era digital, você vai até deixar feliz quem o contratou, na entrega de suas fotos. Mas...
Acontece que você não chegou a ouvir falar da paralaxe.
E aquela despretensiosa foto com a compacta da tiazinha, queima seu nome e sua fachada de simpático fotógrafo. O retratista boa gente e prestativo passa a ser o Zé Lelé, o Pedro Bó, o bobalhão, que fez com aquela simples câmera, uma foto onde as cabeças estão cortadas.
Sim, você fez suas boas imagens com sua SLR Digital. Mas decepou a velha guarda da turma com uma compacta analógica, daquelas que só é preciso mirar e apertar o botão.
É, não é do seu tempo mesmo. Mas é útil saber que nessas compactas, perigosas aos modernos, o visor está um pouco acima da lente. Ou seja, sua visão não é a mesma do filme. Essa diferença é a paralaxe, como mostra a ilustração tirada do livro Escola de Fotografia, de José Antonio Ramalho e Vitché Palacin.


Você terá sempre que lembrar disso e depois de enquadrar as pessoas, dar uma levantadinha e aí sim clicar. Quanto mais perto estiver a galera mais esse cuidado é necessário.
Dica boba e anacrônica? Pode ser, mas com qualquer câmera, quem se diz e se pretende fotógrafo, têm que corresponder.



fotos: Guilherme Artigas
de algumas da minha coleção

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Uma enorme campanha de publicidade

“Tudo o que pessoas como nós fazem, vai para os jornais. Decidimos usar esse espaço como propaganda para a paz”.
Assim fala John Lennon no documentário Imagine (1988), dirigido por Andrew Solt.
São muitas imagens de arquivo, algumas inéditas até o ano de lançamento.
Imagine supera a nostalgia típica da beatlemania. Depoimentos e vídeos de momentos e estados de espírito que pautaram cada disco da banda, se revezam com a rotina de Lennon já nos 70’, na sua mansão em Ascot, Inglaterra.
A base do filme é essa casa, para onde ele se mudou com Yoko Ono, em 69.
A montagem parece dividir o roteiro entre o homem pós Beatles, já sobre forte influência de Yoko, e o John que partindo de Liverpool foi amadurecendo ao longo dos anos 60.
Célebres momentos que agradam qualquer um que admire a história da mídia e de pessoas públicas decisivas.
Numa entrevista, a repórter Glória Emerson, do New York Times, questiona o conhecimento de Lennon para propagar a paz. O fato de ele recusar um título pomposo concebido pela rainha da Inglaterra não passaria de fingimento.
Poucos anos depois do famoso maio de 68, ela via o casal tirar a roupa e dizer “a guerra termina se você quiser”. A jornalista achava tudo aquilo autopromoção burguesa.
“Quer gestos bonitos e de classe média para a paz? E manifestos intelectuais escritos por um bando de intelectuais de segunda que ninguém lê! Esse é o problema com movimentos para a paz!” Assim Lennon respondeu.
“É uma grande campanha de publicidade!” Falou ainda como quem diz, acorde! Eu apareço muito no mundo todo e por isso posso ser um símbolo para a paz sim, mesmo com você e os militantes classistas torcendo o nariz.
John sabia que sua figura significava uma porrada de coisas, porquê não aproveitar essa realidade?
De certa forma ele gritava o fim do purismo idealista, de não compactuar com a “sociedade do espetáculo” para promover as causas de liberdade. Era o jeito.
Os Beatles foram um fenômeno de TV, mais do que de rock’n roll. Lennon se acostumara e aprendera assim.
É bom não esquecer que Yoko Ono foi ligada aos situacionistas, aqueles dos Happines e locações performáticas que tem algo a ver com todo a áurea de 68. Seriam esses que John chama de intelectuais de segunda? Não se sabe ao certo.
Novamente acusado de espalhar seu idealismo por dinheiro, como na entrevista coletiva que eles deram nus, na cama, ele diz que com uma só música poderia ganhar mais dinheiro que com toda a campanha. Também nunca vai se saber.
É muita coisa para saber. Mas assistir a imagine, é realmente mais do que ver um globo repórter ou documentário da BBC sobre os garotos de Liverpool e o frison que causaram.
É um registro mais requintado e de repertório reflexivo, que faz pensar uma época, mais do que a pessoa de um rock star.
Vale uma locada. Mesmo se tratando, de novo, sobre um beatle.

Lennon e Yoko em entrevista coletiva na cama do casal.

Imagens Captadas da TV

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Convivas



Fotos: Guilherme Artigas

para ver mais uma da série clique

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Indicador

foto:Guilherme Artigas

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Sempre indispensável


"Com este critério de montagem, os planos isolados e sua justaposição atingem uma correta relação mútua. Além disso, a própria natureza da montagem não apenas deixa de se distanciar dos princípios do estilo cinematográfico realista, mas funciona como um dos recursos mais coerentes e práticos para a narração naturalista do conteúdo de um filme.
O que esta compreensão de montagem implica essencialmente? Neste caso, cada fragmento de montagem já não existe mais como algo não-relacionado, mas como uma dada representação particular do tema geral, que penetra igualmente todos os fotogramas. A justaposição desses detalhes parciais em uma dada estrutura de montagem cria e faz surgir nela aquela qualidade geral em que cada detalhe teve participação e que reúne todos os detalhes num todo, isto é, naquela imagem generalizada, mediante a qual o autor, seguido pelo espectador, apreende o tema." (EISENSTEIN,1942, p. 18)

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Produzindo

Foto:Guilherme Artigas

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Lembranças

Túnel do tempo 300mm Ae Mavica! Valeu, foi bom...
a primeira digital a gente nunca esquece
Fotos: Guilherme Artigas

domingo, 19 de outubro de 2008

Pensamentos sobre tempo de aproveitamento

por algum tempo você ainda estará no páreo
vai que dá!
é tiazona, dá uma preguiça...
Fotos:Guilherme Artigas

domingo, 12 de outubro de 2008

Mais um conviva



Fotos:Guilherme Artigas

sábado, 4 de outubro de 2008

Sapólios

Consta que existem 4.500 espécies de sapos no mundo. Cerca de 4.300 podem ser encontradas nos jardins da minha casa. É sério, tem muito sapo por aqui. Por isso resolvi promover um pequeno ensaio com os ilustres convivas. Foto:Guilherme Artigas

Sapólios 2

de perfil
Esse de olhos estilo arco íris, provavelmente estava doidão. Na pesquisa sobre a vida dos sapos, li que na fase de reprodução os machos emitem um som, eles coaxam para atrair as fêmeas. Esse aí não estava atraíndo nenhuma moçoila sapa quando encontrei com ele. Só cantava... We all live in a yellow submarine, yellow submarine,yellow submarine...

sábado, 20 de setembro de 2008

Sempre indispensável

Descomplicando a teoria do cinema documentário

O título assusta: ”O Cinema documentário e seu caráter distintivo: a similaridade entre o objeto imediato e o objeto dinâmico.” Urrrr...
O livro é de autoria de Eduardo Baggio, que além de produzir alguns filmes, ministra cursos no SESC de Curitiba e dá aulas em universidades sobre as técnicas e correntes da produção de documentários.
Diferente do que parece, o texto é de fácil leitura. Não é simplório, mas também não é rebuscado ao ponto de cansar o leitor, que não tem só aquilo para fazer no dia, ou na semana.
Baggio trata sobre o surgimento, a evolução e a pratica dos vários estilos e “vozes” de documentários. Um bom palpite para quem pretende produzir doc’s e busca alguma referência sobre o assunto.
Há também o segundo volume da série “Teoria contemporânea do cinema”, publicada pelo SENAC São Paulo e organizada por Fernão Pessoa Ramos, que também dispõe sobre a teoria do documentário.
Comparados os dois trabalhos, o de Baggio funciona melhor como primeira leitura. Não seria uma mera introdução e sim um início eficiente no pensamento sobre o que pode dar certo ou errado com a “câmera na mão e uma idéia na cabeça”.
O livrinho é fino e motiva o leitor a levar essa idéia em diante, com o mínimo de conhecimento útil para tanto. Vale conferir enquanto a bateria da Câmera está carregando. Avante!

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Blow up

de Michelangelo Antonioni - 1966


quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Para quem gostou de Juno

...cuidado com a garotá má

menina má.com. Esse é o título do filme que lançou a atriz Ellen Page em Hollywood. Mais conhecida como a Juno, meses antes Elen interpretou Hayley, uma adolescente que conversa num tipo de msn com Jeff, um fotógrafo que se acha espertão.
Num jogo de sedução on-line que parte para um encontro na casa/estúdio de Jeff, a trama vai ficando cada vez mais sinistra e leva o espectador a pensar em coisas comuns na nossa rotina: como, quem realmente são as pessoas que conhecemos somente pela net?

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

URBE

Imagens da cidade
Foto: Guilherme Artigas

sábado, 23 de agosto de 2008

Fotona

Um respeitável registro histórico. Para não dizer um registro histórico fudidoprakaralho. Seja como for, no blog do Zé Beto está postada uma ótima foto de autoria de Lina Faria. Na imagem, o poeta multimídia Paulo Leminski, Alice Ruiz e Caetano Veloso, no largo da ordem, em Curitiba, depois de uma biritagem no tradicional bar do alemão.
Era o ano de 1981. Pouco tempo depois Caetano gravou a música Verdura, de autoria de Leminski, no disco Outras Palavras. A foto foi tirada na noite da entrega da letra ao Caetano, segundo a própria Lina.
Verdura depois seria também gravada pelo grupo Blindagem e bem mais tarde pela banda Black Maria, é uma música pra toda a vida. A foto também. Que loucura!
Foto -Lina Faria
Não poderia ser diferente: Aqui tudo começa com Beatles e Rolling Stones!!!Haaaaahahaaaaaaaa

Os Beatles e a telinha



Foto:cenario do Ed Sullivan Show. Fonte-internet

Febre de Juventude- É o filme que melhor retrata a Beatlemania.Se passa em 64, na primeira apresentação dos Beatles nos EUA, no famoso programa de TV Ed Sullivan Show, na TV CBS (o de maior audiência da época). O filme funciona bem não só mostrando a euforia das fãs, mas o que motivou tamanha repercussão. Antes e mais do que uma boa banda, o grupo inglês do ieieie foi um dos maiores fenômenos de massa do século XX. Como?
O comportamento inovador dos quatro, se não é indiscutível, não vem tanto ao caso aqui. Fora de dúvida é a relevância da TV na difusão do ‘fenômeno’ Beatles. Nos anos 60 a TV já era o enorme e foderoso porta aviões da cultura de massa. E parece que o diretor do filme, Robert Zemeckis quis chamar a atenção também para isso. O aparato, a movimentação das câmeras e o aparelho de TV reproduzindo imagens do show, ao vivo, aparecem em destaque várias vezes. O questionamento aos Beatles com os cartazes de Janis, personagem que os odiava, são também contra a indústria cultural. E num dado momento, quando Rose, a fã mais louquinha, se conforma em ver o show somente pela TV, num pub, o cara do balcão a desliga dizendo que: "quando a banda do bar começa a tocar a TV tem que ser desligada." O que sugere que o aparelhinho já tomava de assalto a atenção das pessoas.
Um texto que também afirma a enorme importância da TV e do episódio retratado no filme, para os Beatles e logo para todo o rock and roll, pode ser lido no
www.thebeatles.com.br/pop/beatles-ed-sullivan.htm
num artigo de Claudio Teran. Nas palavras de Teran: "Pode-se dizer sem exagero que ali a Beatlemania nascia de fato porque agigantava-se para o mundo, rompendo de vez as fileiras do Reino Unido e de meia dúzia de países europeus."
I Wanna Hold Your Hand é o título original do filme. A produção executiva é de Steven Spilberg. Foi filmado em 1978. Encontrado em poucas locadoras.

Os Stones e a telona



Na foto: Nas filmagens de Shine a Light, Mick Jagger, Sorsese e um câmera guerreiro. Fonte: internet
Se com os Beatles, em Febre de Juventude, sente-se a força da TV nos anos 60, com os Stones, no documentário Shine a Light, lançado no Brasil em 2008, Martin Scorsese esbanja o poder do cinema. É uma aula de captação de imagem. Mais do que retratar a excelência dos Stones no Show bissnes, o filme mostra até onde as câmeras podem chegar, com suas lentes, nos seus planos e movimentos.
A já tão habitual cultura do mack in off está explícita. O filme começa com o diretor organizando as câmaras, falando da relação dos enquadramentos com as letras etc.
Scorsese corre o risco de decepcionar os fãs da banda, devido à obviedade do show, uma superprodução financiada por um ONG de Bill Clinton.
Nas poucas imagens de arquivo, entrevistas engraçadas do grupo em várias etapas da carreira. Trata-se mais da relação dos Stones com a mídia, marcada por um nítido desdém que eles sentem por boa parte dela. Como quem diz: “não há mais nada que nos perguntar”Para quem gosta de rock and roll e de Stones, legal, mas não indispensável. Para quem quer ser vídeo maker, cineasta ou coisa do tipo, é uma boa referência, encontrada em várias locadoras.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

O culpado

Frame 1 - o culpado

O maior amor do mundo: Assistindo a esse filme de Cacá Diegues, tive a idéia de tramar esse blog. Já faz tempo, agora o projeto se realiza. Me desejem sorte. Na foto, o quadro exato da transição entre duas tomadas. Nada emocionante agora, mas na hora achei o máximo. iiihihi...

Bom é não levar o nome do blog ao pé da letra. Vou muito ao cinema e as vezes faço fotos da telona, de brincadeira. Mas as imagens e comentários postados não serão necessariamente sobre filmes. O ofício aqui é pensar sobre como algumas pessoas enxergam o mundo e de que forma seus olhares são registrados.

Saiba mais sobre o filme: http://www.adorocinema.com.br/filmes/maior-amor-do-mundo/maior-amor-do-mundo.asp