quarta-feira, 30 de março de 2011

Senna nas locadoras

No Brasil, o documentário sobre Airton Senna foi lançado no final do ano passado. Em janeiro de 2011 foi o ganhador do Prêmio do público de melhor documentário no Festival de Sundance, nos EUA.

Evento referencial na produção alternativa, recentemente Sundance é tido como “um lugar crucial para documentaristas de todo o mundo”, como circulou numa nota da agência Reuters.

Não a maioria, existem sim alguns documentários sobre ícones do esporte que têm marcas poéticas e montagens não previsíveis. Um deles é Muhammad Ali – Aos olhos do mundo, de 2001, sobre o célebre lutador que também era um ídolo da polêmica.

Diferente deste e de Facing Ali, outro documentário mais novo sobre o boxeador, Senna, do diretor Inglês Asif Kapadia, não se mantém ancorado em entrevistas, algo raro no documentarismo popularizado.

Senna traz a vida do piloto e do homem sob a égide da sua repercussão pública. Mas tudo vai além do lado polêmico. Trata-se, por exemplo, da imaturidade de um jovem que tinha noção de que era um fora de série, ansioso com o que isso lhe trazia. O filme mostra uma rotina registrada, perseguida não só pelas câmeras de imprensa, mas por profissionais motivados, encarregados da conservação daquela memória. Senna era uma lenda em potencial.

Com vídeos de família e passagens da mídia bem costuradas a isso, roteirista e montador (provavelmente?) mostraram sensibilidade no recorte desses arquivos, algo admirável, crucial para quem pensa sobre documentários.

A trilha e o jogo de imagens falando com os offs vão levando bem o tempo. Espero que muita gente veja.

Senna trata de um celebridade. Sendo assim o filme tem tudo para fazer muita gente leiga (?) entender um pouco de uma linguagem que acaba não sendo o caso na TV. Algo que não é prioridade na edição do noticiário esportivo, nem deve ser. Muito longe, porém, de Régis Rosing sentimentalizando no Esporte Espetacular, é diferente.

É uma marca diferente, falar o que? Mais imaginativa, pode ser isso. Senna é um filme que acaba surpreendendo por tudo que reúne e mais, pelo que fica sugerido, por toda a sutileza que a montagem tira das palavras e imagens. Trailer

quinta-feira, 17 de março de 2011

sem título

Foto: Guilherme Artigas

curta 3D

Com informações da Talk comunicação – O Amor na Corda Bamba, primeiro filme curta-metragem 3D produzido no Brasil, começa a ser filmado em Curitiba nesta semana. A tecnologia vem com o nome Mistika. É um software de edição e pós-produção desenvolvido pela SGO, da Espanha. Carrega o status de ferramenta top na produção 3D.
Entre os realizadores a Spin Filmes, de Antonio Spina, com a RPC TV. O roteiro é de Marcos Pamplona e a direção de Lelo Penha e Marcus Werneck. Também será veiculado em 2D no programa Revista RPC no domingo, dia 27 de março.
O Amor na Corda Bamba é a história de um equilibrista chamado Caio. Ele pretende bater o recorde sul-americano de slackline (equilibrismo sobre fita). Um dilema amoroso sustenta a jornada. No elenco principal estão Alexandre Nero, Ana Fhernandes, Carol Fauquemont e a figura multimídia Luiz Felipe Leprevost.

quinta-feira, 10 de março de 2011

arquivo para consulta

Boa notícia para o mundo imagético-documental, que atualmente parece crescer a passos largos: estão disponíveis no acervo do arquivo público de São Paulo, milhares de fotografias, ilustrações e uma coleção de edições do extinto jornal Última Hora, que circulou nas décadas de 50 e 60, principalmente no Rio de Janeiro (chegou a ter edições em São Paulo e em outras capitais do Brasil, mas é conhecido como um jornal Carioca). É considerado por alguns como um marco do jornalismo no Brasil. A iniciativa de conservação e digitalização do arquivo teve início em 2007 e agora já conta com cerca de 166 mil fotografias, que podem ser consultadas clicando aqui

terça-feira, 1 de março de 2011