quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
No Cronograma
Doisneau foi um cronista visual de Paris. Seus instantâneos são registros singelos do modo de vida da França, principalmente entre as décadas de 30 e 50. Trabalhou na revista Vogue até 1952.
São famosos os seus retratos do espanhol Pablo Picasso e de outros artistas renomados.
Serão expostas 100 fotografias de uma fase pouco conhecida da carreira de Doisneau, quando ele ainda trabalhava como operário, na Renault.
As fotos mostram os primeiros carros fabricados pela montadora. Depois de lutar na segunda guerra mundial, voltou a Renault, já reconhecido como fotógrafo, para produzir fotos de algumas campanhas publicitárias da marca. Morreu em 1993, em Paris.

Paris 1936
Les pains de Picasso 1952
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Projeto Impossível
Trata-se de uma parceria com a empresa Inglesa Ilford. A meta é lançar uma nova linha desses filmes, coloridos e P&B, até o fim de 2009
Em 2008 foi anunciado o fim da fabricação dos instantâneos, o que deixou decepcionados alguns nostálgicos.
O projeto de Kaps foi rotulado como o “Projeto Impossível”.
A informação é do Fotosite.
Síntese
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Fotojornalismo de alta qualidade
Fotos de guerra, por mais que sejam bem geradas, nunca são de todo agradáveis.
Não há fotógrafo ou observador de uma fotografia que diante da tragédia, não experimente a dubiedade entre a satisfação do registro bem feito e o lamento pelo drama alheio.
É inquestionável que o jornalismo que atualmente causa maior efeito, é o que reporta bombardeios e tiroteios, seja no Oriente Médio ou na desigualdade urbana das grandes cidades sul-americanas.
Desses fronts surgem duas galerias de imagens tristes, mas que são verdadeiras aulas de fotojornalismo, eficiente e ético.
A primeira é de Maurício Lima, já bem conhecido no meio do fotojornalismo, devido a sua experiência na guerra do Iraque, em 2000.
Maurício começou fotografando esportes, no jornal Lance, para depois, através da Agência France Press (AFP), rumar para a linha de fogo no deserto.
Numa entrevista concedida a revista “2005”, por sinal uma excelente publicação de fotografia, Lima comenta que antes de ir ao Iraque, observou algumas fotos feitas no Afeganistão. Percebeu que a cobertura de guerra poderia transmitir a informação necessária, mas que também poderia contribuir “no caráter da estética e da emoção”.
O resultado das suas fotos é exatamente esse. Elas não deixam de denunciar as atrocidades típicas do confronto, mas essa história visual se potencializa muito com a criatividade do profissional. A baixo algumas amostras da jornada de Maurício Lima.
Foto: Maurício Lima (AFP) - publicada na revista "2005"
A imagem de fiéis em oração numa mesquita no Iraque, tem técnica, sensibilidade e exatidão. A velocidade baixa captou o movimento típico da crença muçulmana e registrou com clareza e simplicidade a seqüela de um homem que vive uma guerra.
Fotos: Maurício Lima (AFP) - publicadas na revista "2005"
Se antes parecia sensacionalismo dizer que nas periferias urbanas, dominadas pelo tráfico de drogas, trava-se uma verdadeira guerra, entre a polícia e as quadrilhas, hoje isso é incontestável. Basta lembrar que alguns hospitais do Rio de Janeiro praticam a chamada medicina de guerra.
É nessa realidade que atua o repórter fotográfico Bruno Gonzalez. Chama a atenção no seu trabalho à habilidade de passar a informação de maneira forte, e naquele cenário não poderia ser diferente, mas com a sutileza que não faz mal aos olhos.
Algumas de suas fotos dos morros cariocas nos ajudam a pensar sobre isso:

Foto:Bruno Gonzalez
Nessa imagem, por exemplo, a mensagem está nítida, o resultado de mais um tiroteio. Mas a fotografia não compromete o policial, não aterroriza ainda mais e não expõe as famílias dos mortos. Além disso não ultrapassa o limite do bom senso visual. Entenda-se, o leitor da foto não engole em seco o rosto de um baleado com os olhos ainda abertos, como a imprensa marrom costuma publicar.

Foto:Bruno Gonzalez
Essa foto de Gonzáles agrega beleza ao trabalho do bombeiro. Na cobertura dessa corporação trabalhando, não raro geram-se boas imagens. Mas tornar a mangueira uma espada de Star Wars não é para qualquer um.
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Lembranças

Sony e JVC foram as principais concorrentes pela patente dominante do formato. A primeira com a Betamax e a segunda com a que prevaleceu, a VHS.
Poucos anos depois, cerca de 80% das indústrias do ramo fabricavam o VHS.
Nos anos 80 as duas marcas voltaram a competir pelo formato que teria que estar de acordo com a exigência de maior qualidade de imagem. O sinal de vídeo passara de 280 para 400 linhas de resolução.
A Sony lançou a Vídeo 8 e pouco mais tarde a Hi8, de menor tamanho e com maior tempo de gravação (4 horas).
Também diminuindo o tamanho, a JVC venceu de novo com a fita VHS-C, que mesmo tendo a metade de tempo de gravação da concorrente, passou a dominar esse mercado de produção.
Foi uma VHS-C Minolta, de 1989, minha primeira câmera de vídeo.
Eu aloprava muito com ela. Filmava aniversários e festas da família, meu pai jogando bola, e pouco deixava os outros pegarem.
Fui cabaço na armazenagem, perdi quase tudo e me apavorei tanto vendo o mofo nas fitas, que nem pensei que pudesse haver restauração. Tudo bem.
O consolo é que lembro de muitas vezes que captei imagens, bem piázão. Na época eu dizia apenas, filmando.
Se alguém chagasse falando que eu estava “captando imagens”, a eu ia pirar o cabeção e ia sair corrigindo todo mundo: “eu não filmo, eu capto imagens!” Sempre gostei de vocabulário incrementado.
Mas eu cresci falando em filmar. E fotografar aprendi com meu pai, dizendo que para não tremer a foto, eu teria que prender a respiração na hora do click, e com o soldado Sardinha, que era fotógrafo do Corpo Bombeiros.
Hoje, fotografei a minha filmadora minolta. Foi muito bom.
Um abraço a todos e nada de guerras e muita concorrência. Nenhuma vai ser mais querida que minha minolta.

Fotos:Guilherme Artigas
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
sábado, 10 de janeiro de 2009
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
O atral dos clicks


“A dor vai curar essas lástimas, o soro têm gosto de lágrimas”. Nessa música um titã canta que há flores por todos os lados.
De uma ponta a outra da rua XV, nossa rua das flores, fotos abrem e fecham o percurso.
Na frente da UFPR, cartão postal da cidade, turistas fazem seus registros. Na boca maldita, um painel expõe algumas imagens da guerra na faixa de gaza. No início do passeio, uma família que cresce, no fim da caminhada, famílias que choram suas perdas.