sexta-feira, 30 de abril de 2010

Cabeça erguida


Fotos:Guilherme Artigas

Pernas para o ar

Foto: Guilherme Artigas

Agravante

“Quando eu estou presidindo, acho falta de educação entrarem aqui em manga de camisa”
Do deputado deputado Antonio Anibeli (PMDB), justificando mais um pouquinho sua decisão de impedir repórteres fotográficos e cinematográficos de trabalharem no plenário da Assembléia Legislativa do Paraná. Informação do blog política em debate.

Barrados no baile

O vice-presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Antônio Anibelli (PMDB), barrou a entrada e circulação de repórteres-fotográficos e cinematográficos no Plenário. Foi na sessão de quarta, 28 de abril, presidida por Anibelli.
“Aos amigos, tudo; aos inimigos, o rigor da lei”. Assim interpretou o Sindicato dos Jornalistas do Paraná, ao repudiar a atitude.
Sobre a justificativa do parlamentar, que procurou legitimar a decisão com base no art. 109, § 3º do regimento interno da AL, o texto do sindicato fez constar: “o Legislativo paranaense resolveu cumprir a lei. Mas isto não significou nenhum esforço em prol da transparência, forçada após a revelação pela imprensa da existência de funcionários fantasmas e contratações irregulares, no escândalo que abalou a Casa”
Nítida retaliação do deputado Anibelli.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

espantando


Fotos: Guilherme Artigas

Três documentos

Pelo menos até o fim da primeira semana de maio quem procura acompanhar a produção recente do cinema documentário tem boas opções em Curitiba. Três longas estão na programação do Unibanco Arteplex, no shopping cristal.
Um deles é Rita Cadillac – A Lady do Povo (2007), de Tony Venturi, com valiosas imagens de arquivo da carreira de Rita.
Outro é The U.S. vs. John Lennon (2006) dos diretores David Leaf e John Scheinfeld. O filme reflete parte da especulação sobre o dedo do governo dos EUA na morte de John Lennon. Para tanto, faz uma cobertura de dez anos: 66-76, período de combatividade travado por John e Yoko, pela paz. Tem algumas coincidências com Imagine, dirigido por Andrew Solt em 1988, outro documentário longa metragem sobre a vida de John.
Completa a lista o que está no topo de repercussão, não no público, mas no questionamento sobre um possível efeito eleitoral. Trata-se de Utopia e Barbárie (2005) com roteiro e direção de Silvio Tendler. É um resumo de movimentos libertários e contra hegemônicos da segunda metade do século XX: independências de colônias, lutas contra ditaduras, maio de 68, enfim, utopias e a barbárie que vitimou tudo isso.
Depoimentos de gente com visibilidade e relevante nos respectivos temas marcam os três filmes. Todos correspondem à categoria que, na teoria, às vezes, chama-se de “filme de entrevistas”. Trailers dos três a seguir.




Mais

quarta-feira, 28 de abril de 2010

expediente

Foto:Guilherme Artigas

terça-feira, 27 de abril de 2010

Paranaguá

Foto:Guilherme Artigas

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Efeito CSI

A foto acima é do centro de formação em ciência forense da Universidade de Glamorgan, na Inglaterra. Ilustra uma matéria da revista britânica The economist, que trata do que está sendo chamado de “efeito CSI”.
A famosa série de televisão CSI- Crime Scene Investigation, tem mesmo surtido efeito inusitado, se não incômodo, em alguns julgamentos pelo mundo.
No dizer de criminologistas e pesquisadores da ciência forence é: "o fenômeno em que os jurados têm expectativas irrealistas de provas periciais e técnicas de investigação”.
Nada mais do que gente designada para júris criminais vendo muita televisão e se enganando sobre testes de DNA e outros recursos da ciência forence, achando que ela faz milagres na vida real.

CINEDOCUMENTA

O Sesc da Esquina inicia na terça, 27 de abril, o Projeto Cinedocumenta. A previsão é que, mensalmente, sejam exibidos documentários curtametragem com a presença dos diretores para debate. Workshops e oficinas também estão nos planos. Na primeira etapa o tema é Documentário e animação.
Serão exibidos dois filmes: Dossiê Rê Bordosa, de César Cabral - 2008, 16 min; e O Divino, de Repente, de Fábio Yamaji - 2009, 6 min. Os ingressos são gratuitos. Início às 20h no Teatro do Sesc da Esquina.


Segue um trecho do material de divulgação do Cinedocumenta, sobre a relação entre documentário e animação:

“Para o olhar acostumado ao documentarismo tradicional, especialmente ligado às noções de improviso e autenticidade das imagens in loco , ou seja, feitas no lugar onde os acontecimentos se desenrolam, a presença de um elemento de criação como o traço do desenho animado pode parecer um tanto estranha. Mas o estudo da história do documentarismo revela, no entanto, que a parceria retoma um aspecto muito comum à gênese deste tipo de filme: a contação em lugar da mostração, ou seja, a capacidade de transmitir uma história ou uma idéia lançando mão de técnicas variadas para levar ao público o conhecimento”.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Joana


Fotos: Guilherme Artigas

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Havia cinema

Até domingo, 25 de abril, no teatro da Caixa em Curitiba, acontece a mostra “Atrás do muro havia cinema”. São 12 filmes feitos entre 1946 e 1990 pela da Deustche Film AG-DEFA, produtora estatal da então Alemanha Oriental.
Os filmes retratam o período pós guerra no país, abordando questões que nortearam aquelas gerações e suas “ilusões perdidas”.
Antes de cada sessão, os filmes são apresentados pelo historiador de cinema Ralf Schenk, membro do comitê de seleção internacional do Festival de Berlim.
O teatro da Caixa fica na rua Conselheiro Laurindo, 280, no centro. A entrada é franca e os ingressos são distribuídos uma hora antes de cada sessão.
Horários: 15h, 17:30h e 20h.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Exposições de aniversário

Com informações do Terra Magazine e do jornal Correio Braziliense: várias exposições fotográficas integram as comemorações dos 50 anos de Brasília, não só na própria capital federal. Vamos a duas.
No Rio de Janeiro, a partir do dia 30 de abril, estará aberta a exposição As construções de Brasília, promovida pelo Instituto Moreira Salles (IMS).
Foram selecionados trabalhos de três fotógrafos: Peter Scheier, que fotografou a cidade para agências de notícias norte-americanas entre 1958 e 1960. Chegou a publicar um livro com o título Brasília Vive!
Os outros dois nomes são os do célebre Thomaz Farkas, que fotografou a cidade por iniciativa própria, e Marcel Gautherot, fotógrafo de confiança do arquiteto Oscar Niemeyer.
Foto: Marcel Gautherot - Esplanada dos Ministérios em construção- 1958
Outra exposição que mereceu destaque é titulada Foto na hora. São imagens reunidas durante quatro décadas pelo diplomata Joaquim Paiva, todas inéditas.
Na maioria das exposições e coleções fotográficas referentes à história de Brasília, e na própria imagem da cidade gravada no imaginário público, a arquitetura sempre prevalece. A exposição Foto na hora foge dessa característica. As estrelas do acervo de Joaquim Paiva são as gentes que povoaram a capital, não a arquitetura. Está em cartaz na Caixa Cultural de Brasília.

Foto: Joaquim Paiva - desfiles do pacotão - década de 70

Citação

“Se Roma, Paris ou até mesmo o Rio de Janeiro tivessem contado com a quantidade de lentes apontadas para suas ruas antes mesmo de seu nascimento, talvez registrar o surgimento de cidades fosse algo banal na modernidade. O fato de não ser o caso torna a história do registro fotográfico de Brasília ainda mais excepcional na história da fotografia. Poucas cidades tiveram direito ao "pré-natal..."
De Nahima Maciel no jornal Correio Braziliense, comentando as exposições de fotografias que celebram o aniversário de Brasília.

Observações



Fotos:Guilherme Artigas

terça-feira, 20 de abril de 2010

Artistas de valor

“Maneiras criativas e pouco prováveis de ganhar dinheiro”, é o tema de um concurso cultural que premiará os vencedores com ações no valor aproximado de 2.000 reais. São três categorias - Vídeo de um minuto, Fotografia ou Expressão Artística. As inscrições vão até 7 de maio. A divulgação do resultado está marcada para o dia 25 do mesmo mês. Regulamento e inscrição.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Acervo resgatado

A edição de abril e maio da PhotoMagazine traz na matéria de capa um trabalho surpreendentemente inédito de Geraldo Vieira. Trata-se de parte de um acervo de 400 imagens da inauguração de Brasília, o qual ficou no anonimato durante cinco décadas.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Sem título


"Paraquedistas" - foto: Helmuth Wagner feita em 1967 - coleção Pirelli MASP de fotografia

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Mais de ontem





Fotos: Guilherme Artigas

O 30 mais recente

Estou feliz com minha foto na capa da edição de abril do 30 de agosto, principal jornal informativo, entre outros publicados pela APP Sindicato.
Num tempo em que as causas são dadas como piadas, numa angústia mau explicada que mais cheira comodismo, registrar momentos marcados por gente que acredita em si, antes mesmo de crer na "mudança do mundo" é uma satisfação.
Com todas as contradições que existem, pois da natureza da democracia, os movimentos sociais significam muito no Brasil.


Leia o 30 de agosto

Diversidade simbólica


Fotos: Guilherme Artigas

Um bom ambiente

A Seção de Fotografia da AAC (Associação Acadêmica de Coimbra) tem caráter formador na área de fotografia, sob uma lógica “que se pretende pluridisciplinar”.
É um ambiente onde se encontra coisas como “Workshop Fotografar Medicina - Dirigido a médicos, profissionais de saúde, estudantes de medicina e fotógrafos”. A atividade não só leva o fotógrafo profissional a se capacitar na fotografia da área médica, mas despertar em médicos e gente da saúde, a prática fotográfica como possível.
Recentemente num encontro sobre Causa pública – O público e o mediático - foi realizado debate “A fotografia como meio de revelação midiática de causas públicas”, tema que firma com a natureza reflexiva, sobre significações da fotografia.
É um conteúdo diverso, sempre em torno da imagem, seja pensada cientificamente ou não. Boa opção para quem procura estudos fora do Brasil. Para quem não está nessa, ainda vale passar no site. Clique na imagem e acesse.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

As mobilizações e seus registros

Foto: André LuisRodrigues

Assembléia invadida

Entidades do movimento estudantil e dos movimentos sociais se mobilizaram hoje, exigindo agilidade nas apurações das denúncias de corrupção na Assembléia Legislativa. A Assembléia chegou a ser ocupada a força pelos manifestantes.
Foto: Guilherme Artigas

terça-feira, 13 de abril de 2010

PUTZ! Inscreva-se

Até 23 de abril, universitários de todo o Brasil podem inscrever gratuitamente suas produções audiovisuais no VII PUTZ, o Festival Universitário de Cinema e Vídeo de Curitiba.
São três mostras competitivas: a Oficial, na qual são aceitos trabalhos de qualquer gênero, com no máximo 25 minutos e finalizados a partir de janeiro de 2008; nas categorias Videoclipe e Trash as produções devem ter 10 minutos, no máximo, e finalizadas a partir de janeiro de 2007.
O VII PUTZ será realizado entre os dias 25 e 30 de maio, no Teatro SESC da Esquina e no Paço da Liberdade, em Curitiba. Informações, regulamento e inscrição no site www.putz.ufpr.br.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Além da fotografia com Priscila Forone

A publicitária e fotógrafa Priscila Forone realizará nos dias 23, 24 e 25 de abril, em São Luiz do Purunã, algo como um exercício de desenvolvimento do olhar fotográfico. Além da prática fotográfica, a intenção é pensar e observar as aves da região.
Para tanto, o trabalho terá a participação do ornitólogo Rafael Sobania. As inscrições podem ser feitas até quinta, dia 15 de abril. São apenas 12 vagas. A informação é do blog do André Zielonka. Leia mais no cartaz.

domingo, 11 de abril de 2010

Nova revista de fotografia

A revista britânica Digital Photographer terá, a partir de abril, uma edição brasileira. Será lançada em São Paulo no dia 13. Como o nome já diz, a linha editorial é voltada especificamente à tecnologia de fotografia digital.

Bateu

"Boa notícia nesses tempos modernos onde as publicações tradicionais estão sendo condenadas ao desaparecimento (porém, ninguém ainda avisou a elas que devem desaparecer)".
De Gilson Lorenti, colunista do site Meio Bit, comentando o lançamento da nova revista Digital Photographer Brasil.

sábado, 10 de abril de 2010

Centro

Foto: Guilherme Artigas

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Tocou bem

Valeu cada minuto. Num período o cara chegava no Empório São Francisco, no meio da noite com a guitarra na mão. Para chegar ao palco passava pelo meio do pessoal. Tocava rock e ia embora contente.
Ele fazia música porque era disso que sua vida era feita. Não foi fama, nem projeção o que ele quis. O negócio era tocar, a vida. Sem pêsames. Parabéns ao Ivo e ao Blindagem.
Nas fotos que seguem, eu e meu amigo Adélcio Kaminski (de boné), estamos fazendo entrevistas com Ivo e com Ciro Ridal, para a revista Fascículo, lá por 2000, 2001. Foi no teatro do Paiol, nas gravações de uma edição do lendário programa Ciclo Jam, o qual Ridal dirigia. Com certeza, um dos melhores registros da música e espírito da banda Blindagem podem ser encontrados nos arquivos do Ciclo Jam.


Ciro Ridal, então diretor do ciclo jam
Fotos: Gustavo Geatner

Fotolink na Londrina de Haruo Ohara

De 8 de abril a 15 de maio será realizado em Londrina (PR), o Fotolink, 1º Encontro Internacional da Imagem. O objetivo é debater “a arte da fotografia e à reflexão sobre a produção de imagens na sociedade contemporânea”, como divulga o site Planeta Londrina.
As inscrições para as atividades previstas na programação podem ser feitas no www.fotolinklondrina.com.br.
Organizam o evento o Programa Municipal de Incentivo à Cultura (PROMIC), e a Divisão de Artes Plásticas da Casa de Cultura, da Universidade Estadual de Londrina.
Destaque
O nome mais celebrado nesse primeiro Encontro Internacional da Imagem parece ser o do fotógrafo nipobrasileiro Haruo Ohara.
É um dos principais responsáveis pela memória fotográfica de Londrina. Foram mais de 50 anos de muita fotografia, 1938 até 1994. Nos anos 50 esteve entre os fundadores do Foto Clube de Londrina. É um dos integrantes da seleta Coleção Pirelli, do MASP.
Cafezal, Chácara Arara, 1947-1949 Foto: Haruo Ohara (Coleção PIRELLI MASP de fotografia)

Já no primeiro dia de Fotolink foram lançados o curta-metragem Haruo Ohara, com roteiro e direção de Rodrigo Grota, e a quinta edição da revista trimestral Taturana (especial sobre Haruo Ohara). O filme e a revista são produções do Instituto de Cinema e Vídeo de Londrina (KINOARTE)
Livros
Os equipamentos e o acervo de Ohara, com mais de 20.000 negativos, foram doados por seus familiares ao Instituto Moreira Salles (IMS).
O IMS lançou parte da obra do fotógrafo em livro, "Haruo Ohara Fotografias": Na divulgação um bom resumo: “Sua trajetória é uma espécie de instantâneo da história da imigração japonesa no norte do Paraná”.
Em 2003 foi lançada uma biografia, "Lavrador de Imagens", escrita pelo jornalista Marcos Losnak e pelo historiador Rogério Ivano.


quinta-feira, 8 de abril de 2010

design e desafio

Até 30 de abril designers profissionais e estudantes da área podem se inscrever para o 3º Desafio de Design Computer Arts.
É preciso criar um cartaz para uma campanha que incentive o uso racional de água. Os prêmios são dois MacBooks da Apple. Regulamento

Pensamento

“Um bom fotógrafo é uma mistura de matemático, físico, químico e sociólogo”.
Chico Albuquerque

Um cara completo

Jangadeiros da praia de Mucuripe. Foto: Chico Albuquerque

"A luz salva". É uma frase de Chico Albuquerque, considerado o precursor da fotografia de publicidade no Brasil. Aos 17 anos já era profissional, também, provavelmente por ser filho de um casal de fotógrafos.
Foi ele que, pela primeira vez, fotografou modelo e produto associados numa mesma peça publicitária. Foi numa campanha da Johnson & Johnson, feita pela agência J.W. Thompson nos anos 40. “Até então as campanhas publicitárias eram concebidas apenas com o uso de ilustrações e desenhos”, consta numa matéria da revista Photo Magazine.
O último trabalho publicitário foi numa campanha para a marca de roupas íntimas Del Rio, em 2000.
Chico Albuquerque faleceu com 83 anos deixando registros variados de mais de seis décadas. São fotografias de todos os gêneros e uma práxis fotográfica de vanguarda. No fim dos anos 50 ele foi o primeiro brasileiro a importar flashes eletrônicos.
Livro
No próximo dia 15 de abril, durante a XI Bienal Internacional do Livro do Ceará, será lançado o livro "Chico Albuquerque Fotografias".
A publicação mostra toda a versatilidade e ímpeto inovador de “seu Chico”, como era conhecido. É dividido em sete séries: Ensaios, Mucuripe, Retratos, Publicidade, Frutas, Arquitetura e Jericoacoara.
Mucuripe é um dos mais famosos cartões postais de Fortaleza. Lá fez um ensaio sobre a rotina dos jangadeiros, que também virou livro, composto por fotos em P&B.
Sobre Jericoacoara: “Mais uma vez Chico Albuquerque mostrou-se um visionário, antecipou-se, fotografou Jericoacoara como se soubesse que aquela pequena vila de pescadores um dia se tornaria um paraíso turístico", diz Patrícia Veloso, que divide a curadoria do livro com Ricardo Albuquerque, filho de seu Chico.
Entre os retratos, o arquiteto Burle Marx, o músico Luiz Gonzaga e políticos como Juscelino Kubitschek e Jânio Quadros. Os dois últimos lhe deram fama de pé quente. Coincidentemente os candidatos que retratava eram eleitos.
Retrato de jânio Quadros: Chico Albuquerque
Num tempo em que vemos algumas correntes do mercado cobrarem, mesmo indiretamente, que profissionais da fotografia se especializem em um só segmento, o leque de práticas de Chico Albuquerque vem motivar a lida por inúmeros caminhos de atividade.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Colaborações

“No desespero mas com a câmera na mão”
Do jornalista Renato Machado, apresentador do Bom dia Brasil, da TV Globo, sobre as inúmeras imagens das enchentes no Rio de janeiro enviadas ao site G1, por cidadãos comuns.
Na verdade: com “o celular na mão”.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Lido na semana santa

"Interferências midiáticas no cenário Religioso”. É o tema de um estudo de Alberto Klein, professor e pesquisador especialista nas relações entre mídia e religião.
Publicado em 2006, “Imagens de culto e imagens da mídia”, é um texto que supera a mera citação de fenômenos sobre a religião na TV e no Rádio.
Numa altura o texto aponta à evidente “valorização dos aspectos visuais do culto”. Isso abre um caminho de pensar com mais profundidade a relação Mídia x Religião. É a dinâmica dos cultos que muda de forma radical.
Um trecho: “No caso do protestantismo, isso não deixa de ser curioso, uma vez que historicamente suas celebrações são notoriamente o espaço dedicado ao pregar a palavra, cantar hinos e fazer orações, intensificando o campo auditivo”.
O autor observa essas origens para delinear o que chama de guinada perceptiva, ocorrida com o desenvolvimento da Fotografia, Cinema, TV e outras mídias visuais, e a conseqüente “intensificação da visão operada no século XX”.
Entre os efeitos de uma bem firmada sociedade midiática, estariam os próprios ídolos religiosos da atualidade: de Marcelo Rossi a Edir Macedo, e tantos outros como Estevam e Sônia Hernandes (Casal guia da igreja da qual o craque Kaká faz parte. Foram presos recentemente levando dinheiro dentro da bíblia).
Segundo Klein, essa sociedade “atualmente borra os limites entre o culto às celebridades e a devoção às imagens religiosas”.
O centro do conteúdo é a “união do ímpeto missionário cristão com o poder irradiador dos meios eletrônicos”, idéia que se expande por várias análises e constatações. É uma leitura eficiente para quem se interessa sobre o tema específico e ainda quer obter ou recordar conhecimento geral sobre mídia e comunicação.
Desenvolvendo sobre a quebra da comunidade local, a pesquisa parece se alinhar com teorias que tratam do homem “desterritorializado” - entenda-se, um ser possivelmente inserido em qualquer território via meio sensorial eletrônico (algo como o que você está fazendo agora).
“Fazer missões deixa de ser atividade exclusiva de um corpo que se inscreve em um determinado espaço... à presença física somam-se agora as possibilidades de ir e fazer discípulos sem o corpo, utilizando apenas suas extensões”.
Ainda sobre isso, observa-se que as igrejas aumentam seus rebanhos “sem implicar riscos para a presença física”. Glauco, você não sabia disso!?
A maioria dos líderes e pregadores já entenderam a eficiência do que outro pesquisador, Harry Pross, traça como “invasão simbólica”.
A teoria de Pross se refere antes a métodos assumidos por Estados, perfeitamente transferíveis no caso do olhar sobre as estratégias religiosas atuais: “Já não é necessário enviar soldados, sendo possível transmitir a imagem do presidente de um Estado a cada canto do outro país, evidenciando diretamente ante outros povos o esplendor de sua presença”.
O texto de Alberto Klein traz muitas abordagens, se comunica bem com o contemporâneo, sem dar prioridade a repetições.

FestFotoPoA

Acontece de 7 de abril a 2 de maio o 4º FestFotoPoA, Festival internacional de Fotografia de Porto Alegre. A organização comenta que “O 4º FestFotoPoA é reflexão, proposição e muito debate”.
Parece ser mesmo. Temas como “Memória como direito de cidadania” estarão na pauta de um dos principais eventos da programação, o IV Seminário “Coleções públicas e privadas: um olhar autoral no tempo”(23 de abril). O objetivo é debater as bases e a viabilização do que pode vir a ser concretizado como “Pontos de Memória Fotográfica”, por todo o país.
Estarão abertas três salas de projeções – Sala Henri Cartier-Bresson, Sala Thomaz Farkas e Sala Hélio Oiticica, escolhas alinhadas com o conceito do festival: “formam a linha do tempo e o campo de reflexões”.
Bom ver.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Abril de 76

Nasci em 5 de abril de 1976. Vão aí algumas imagens refotografadas.



Coca-cola na Itaipu. Grande momento.

domingo, 4 de abril de 2010

O que fica na fotografia

Foto: Martin Elliott

Foi muito noticiado o falecimento de Martin Elliott, fotógrafo que ganhou fama com a foto conhecida como “Tennis Girl”, feita em 1976. Elliott estudava fotografia na Universidade de Birmingham, na Inglaterra. A loira é Fiona Butler. Os dois namoravam na época.
Eu nunca tinha visto a foto antes. Nunca ouvira sobre ela nem sobre o autor. Não sei da interpretação da foto naquele período, devem ter sido várias. Erotismo evidente, momento mágico, piada?
Apelando para o prosaico: Elliott se vai deixando sua imortalidade nesta fotografia, que é mais que uma imagem erótica. Não dá para explicar porque, mas é mais.Quem não gostaria de fazê-la num domingo, como hoje?
Boa páscoa, boa semana. Um “Viva” a fotografia. Um Salve aos bons momentos, imortais. Assista ao vídeo.

identificação da sociedade da estufa






Fotos: Guilherme Artigas