quinta-feira, 1 de abril de 2010

A VU

Foto: Lucien Vogel
“Nos anos 1920, Berlim era uma cidade cosmopolita, e reunia todas as condições para ser a precursora do fotojornalismo moderno: liberdade de expressão, técnicas avançadas de reprodução mecânica, e a concentração de fotógrafos e editores criativos”. Quem diz é a portuguesa Madalena Lello, do ótimo blog Sais de Prata e Pixels.
Ela traz um pouco sobre a revista VU, fundada na França por Lucien Vogel, no entorno da instauração da República, em 1918. Eram tempos de liberdade de expressão e idéias liberais.
A VU ajudou a estabelecer novas tendências. De meras ilustrações as fotografias passaram a informar por meio de linguagem própria.
Madalena Lello observa que “as histórias escritas passavam a histórias de imagens. Um público alargado estava agora apto a entender os acontecimentos não através da escrita, mas das imagens. O cinema tinha sido importante nesta mudança. O fotojornalismo desenvolvia uma linguagem metafórica”.
Muitas capas da VU foram feitas com a então moderna técnica das “fotomontagens dinâmicas”. O primeiro Diretor Artístico da revista, o russo Alexander Liberman, foi um dos pioneiros nas montagens de layouts com diferentes fotografias.
Foto: André Kertész

Fotomontagem de Liberman a partir da foto de André Kertész

Em tempo: já nos anos 30, com Hitler no poder e a guerra civil espanhola no centro das notícias, a VU foi a primeira a publicar a célebre e controversa foto de Robet Cappa, “soldado caindo”. A revista encerrou suas atividades em 1940.

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