sexta-feira, 30 de julho de 2010

Piauí bate no Bem Amado

O crítico Eduardo Escorel comentou recentemente, na revista Piauí, o filme O Bem Amado, de Guel Arraes.
Fez questionamentos duros, principalmente sobre a fórmula que, no Brasil, leva produções da TV para o cinema. O sarrafo desce mesmo sobre os profissionais da TV que produzem as adaptações.
Nas palavras de Escorel: “para eles, os filmes preservam uma certa aura que suas produções televisivas não teriam. Querem prestígio e reconhecimento pessoal em setores que, por preconceito, não valorizam seu trabalho. Nessas condições, o máximo que conseguem fabricar, de maneira geral, são subprodutos de linguagem híbrida?- televisão filmada que pode ou não obter sucesso comercial. O Bem Amado confirma essa tendência do cinema brasileiro de se tornar uma subsidiária da tevê, produzindo filmes simplórios que se diferenciam pouco uns dos outros”.
No mais, o texto se refere a algumas estratégias de O Bem Amado apontando várias contradições, que cobrem desde os equívocos na intenção de atualizar a novela dos anos 70, a qual tornou célebre a personagem Odorico Paraguaçu, até as inadequações na fotografia do filme, que para Escorel é “padronizada, ilumina tudo por igual, sem contribuir para criar imagens expressivas, dignas da tela grande. Por outro lado, ao dirigir um filme de grande orçamento, Guel Arraes se dá o direito de fazer planos que as condições normais de produção para a tevê não costumam permitir. Sua insistência nos movimentos de grua, em que a câmera se desloca para o alto e passa por cima do que está sendo filmado, lembra o deslumbramento de um menino brincando com seu trem elétrico”.
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