Com tantas ilhas ao redor, Paranaguá parece sofrer de desatenção. No geral o turista está de passagem.
Do Itiberê e no casario até o movimento do povo que passa pela ponte que leva e traz dos Valadares, tudo sugere belas visões. Para “dentro”, o ambiente não é tão fotogênico.
Também parece que o porto não chega a se apresentar como ponto de visitação. Não é essa a função mesmo.
O visual de um porto pode ser melhor aproveitado pelo olhar documental, dependendo de quem for, uma rotina jornalística e institucional pode ajudar ou atrapalhar.
A fotografia no dia a dia dos portos de Paranaguá e Antonina é função do fotojornalista Rodrigo Félix Leal, da APPA. Observar esse trabalho pode motivar o pensamento, cada vez mais corrente, sobre as proximidades e pequenas variações entre a fotografia documental e a jornalística. As fotos de Rodrigo Leal equilibram muito bem essa balança. É fácil perceber o sentido factual e o documental, já pensados na captação.
Em 2008 a APPA promoveu uma exposição de fotos que viajou por algumas cidades do Paraná. A série mostrava as dimensões e o volume de atividades dos portos, fazendo notar com facilidade o acréscimo de sentidos, através do bom aproveitamento de luzes e cores nas composições. Fotografias mais recentes, agora sob leves intervenções artísticas, integram o calendário de 2010, do qual seguem algumas imagens.
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