terça-feira, 2 de junho de 2009

Guerranafoto


A revista Galileu, da editora Globo, chegou aos 18 anos. A publicação foi reformulada. Novas seções, abordagens e visual.
A afirmação pode ser arriscada ou mesmo suspeita de puxar a sardinha para nossa área, mas na atualidade, quando se trata de tecnologia, existe uma grande chance de se falar de imagem.
A exploração de outros planetas, por exemplo, é muito baseada nas imagens feitas pelas sondas. Chega a ser um exemplo tosco se formos observar algumas novidades que a Galileu traz na sua edição de junho:
A matéria da página 11, por exemplo, mostra como novos aplicativos para iPhone e iPod, estão sendo usados militarmente.
Um deles é o Vcommunicador. Trata-se de um programa de tradução com áudio e imagem. Está sendo aplicado em treinamentos das tropas dos EUA. Algumas centenas de iPods estão sendo postos nas mãos dos soldados. O militar tem no aparelho informações como mapas e vídeos das regiões onde está atuando.
Outro aplicativo desenvolvido possibilita que o soldado, podendo ser policial de rua ou estando numa guerra, faça uma foto com seu iPhone, da placa onde consta o nome da rua, e receba prontamente informações sobre a qualidade da água na região e até os suspeitos identificados nas imediações.
O Google Earth também não basta para os desenvolvedores do departamento de defesa dos EUA. Eles buscam imagens mais detalhadas dos campos de batalha. Criaram um programa que projeta na tela do iPhone do soldado, vídeos feitos por robôs voadores.
Na breve introdução da matéria consta que, “o motor do fusca, a internet e o GPS são exemplos de coisas criadas pelos militares e que, adaptadas, caem nas graças do consumidor civil. Essa espécie de caminho natural das coisas está se invertendo graças aos usos que os homens fardados estão descobrindo para objetos comuns nas mãos de alguns cidadãos”
Pode parecer ranheta da minha parte, mas lembrei de Santos Dumont, que se matou por ver seu invento e seu sonho de voar, transformar-se em tática e aparelho de guerra.
Correlatas

2 comentários:

Isabel Gonçalves disse...

Amore, é a era da tecnologia...
Na mesma velocidade em que o homem constrói, ele também se destrói...
A verdade que a tecnologia é uma faca de dois gumes!

Marc Sousa disse...

As guerras sempre são ruins, mas trouxeram alguns avanços, principalmente na tecnologia. Alguns aparelhos de uso comum da dona de casa como o micro-ondas, por exemplo, foram invenções militares.
O sentido contrário quase sempre ocorre quando o mundo está em guerra e acaba aproveitando as tecnologias disponíveis no momento.
O caminho inverso é sempre perigoso, afinal vc ilustrou bem isso com o caso Santos Dumont. Além disso cabe a pergunta, pq a preocupação de equipar militares com iPhone de GPS e informações do local. Alguma ameaça eminente?