A cor como informação Como tudo que se populariza, o significado das cores é geralmente abordado sem o conhecimento ideal.
É fácil saber que o vermelho sugere paixão e que o verde simboliza juventude etc. A aplicação disso na escolha do tom das roupas ou das paredes da casa é atitude inteligente, sem dúvida.
Mas quem trabalha com mensagem visual, precisa ultrapassar esse simplismo.
Uma peça publicitária ou capa de revista, para ser verdadeiramente “significativa” requer elaboração mais cuidadosa.
Nesse ofício, cabe o livro “A cor como informação – a construção lingüística e cultural da simbologia das cores”. O autor é Luciano Santos, doutor em comunicação e semiótica pela PUC de São Paulo. O trabalho foi publicado em 2001, chegando a 3º edição nos anos posteriores.
Observando as teorias que se acumularam no passar dos séculos, a pesquisa tornou-se interdisciplinar.
Desde a filosofia da Grécia antiga e as teorias da pintura no início da idade moderna, como o “Tratado de pintura e da paisagem – sombra e luz”, de Leonardo Da Vinci, a cor esteve entre as preocupações de Descartes, Newton e Goethe. Esse último escreveu “A doutrina das cores”, para muitos, a primeira observação interdisciplinar do tema.
Nos séculos XIX e XX a compreensão sobre os efeitos das cores sobre as pessoas continuou em voga.
Considerando todas essas investigações, foi mesmo na Semiótica da Cultura, obra de Ivan Bystrina, que a pesquisa ganhou alicerce mais relevante.
Nas palavras de Bystrina: “para sua sobrevivência psíquica, o homem constrói sobre a estrutura da primeira realidade sensível, predeterminada biofisicamente, uma outra realidade, operada pela cultura. Essa ‘segunda realidade’, concebida pela criatividade, imaginação e fantasia humana, tem um caráter sígnico e é essencialmente narrativa”.
A concepção dessas realidades seria motivada também pelo significado das cores, que como qualquer código cultural, tem diferentes tipos de incidência sobre a psique humana.
Diante disso, pode-se pensar que nada de novo está sendo proposto no livro de Luciano Santos. Ainda que essas várias teses estejam formuladas, no extremo de tudo isso resulta, sobretudo, o mesmo uso simplório das cores na rotina social.
Mas a leitura sugere que ao se aproximar de tudo que já foi posto sobre o assunto, principalmente nos referentes da semiótica, Santos consegue marcar a importância e utilidade de seu trabalho, sem fazer chover no molhado.
Ele comenta que as questões colocadas nessas aproximações “buscaram identificar os princípios... que respondam principalmente às variantes e invariantes culturais de suas aplicações, e os fatos que interferem na manutenção ou mudança desse código”.
Lógico é pensar que, nessas interferências, nas possíveis mudanças desse código e nas conseqüentes modificações na percepção das pessoas sobre as cores, que profissionais da imagem devem ficar atentos.“A cor como informação” pode ser uma leitura útil, ainda.
É fácil saber que o vermelho sugere paixão e que o verde simboliza juventude etc. A aplicação disso na escolha do tom das roupas ou das paredes da casa é atitude inteligente, sem dúvida.
Mas quem trabalha com mensagem visual, precisa ultrapassar esse simplismo.
Uma peça publicitária ou capa de revista, para ser verdadeiramente “significativa” requer elaboração mais cuidadosa.
Nesse ofício, cabe o livro “A cor como informação – a construção lingüística e cultural da simbologia das cores”. O autor é Luciano Santos, doutor em comunicação e semiótica pela PUC de São Paulo. O trabalho foi publicado em 2001, chegando a 3º edição nos anos posteriores.
Observando as teorias que se acumularam no passar dos séculos, a pesquisa tornou-se interdisciplinar.
Desde a filosofia da Grécia antiga e as teorias da pintura no início da idade moderna, como o “Tratado de pintura e da paisagem – sombra e luz”, de Leonardo Da Vinci, a cor esteve entre as preocupações de Descartes, Newton e Goethe. Esse último escreveu “A doutrina das cores”, para muitos, a primeira observação interdisciplinar do tema.
Nos séculos XIX e XX a compreensão sobre os efeitos das cores sobre as pessoas continuou em voga.
Considerando todas essas investigações, foi mesmo na Semiótica da Cultura, obra de Ivan Bystrina, que a pesquisa ganhou alicerce mais relevante.
Nas palavras de Bystrina: “para sua sobrevivência psíquica, o homem constrói sobre a estrutura da primeira realidade sensível, predeterminada biofisicamente, uma outra realidade, operada pela cultura. Essa ‘segunda realidade’, concebida pela criatividade, imaginação e fantasia humana, tem um caráter sígnico e é essencialmente narrativa”.
A concepção dessas realidades seria motivada também pelo significado das cores, que como qualquer código cultural, tem diferentes tipos de incidência sobre a psique humana.
Diante disso, pode-se pensar que nada de novo está sendo proposto no livro de Luciano Santos. Ainda que essas várias teses estejam formuladas, no extremo de tudo isso resulta, sobretudo, o mesmo uso simplório das cores na rotina social.
Mas a leitura sugere que ao se aproximar de tudo que já foi posto sobre o assunto, principalmente nos referentes da semiótica, Santos consegue marcar a importância e utilidade de seu trabalho, sem fazer chover no molhado.
Ele comenta que as questões colocadas nessas aproximações “buscaram identificar os princípios... que respondam principalmente às variantes e invariantes culturais de suas aplicações, e os fatos que interferem na manutenção ou mudança desse código”.
Lógico é pensar que, nessas interferências, nas possíveis mudanças desse código e nas conseqüentes modificações na percepção das pessoas sobre as cores, que profissionais da imagem devem ficar atentos.“A cor como informação” pode ser uma leitura útil, ainda.
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