É assim que se apresenta o fotógrafo Ricardo Alfredo Santos, no Olhares.com, um dos maiores sites de compartilhamento de fotografias do mundo. É o único lugar onde suas fotos estão expostas.
Apesar de nunca ter atuado profissionalmente, sua galeria revela um valoroso trabalho documental.
Despertou para a fotografia em 1978, quando sua primeira filha nasceu. O que remete a essência do ato de fotografar. Mais do que um trabalho ou arte, fazer fotos é querer eternizar momentos significativos. É antes entusiasmo e depois técnica.
Depois disso, freqüentou o Foto Clube do Paraná, do qual foi diretor. Nesse tempo, (anos 80) conviveu com alguns fotógrafos reconhecidos, como Carlos Ravazzani e José Paulo Fagnani.
Esses dois fotógrafos fizeram registros primorosos do pouco que ainda resta da mata atlântica no mundo, que está principalmente na Serra do Mar. Esse trabalho foi muito mais relevante do que outro, só de Ravazzani, quando ele surfou na onda dos títulos questionáveis atribuídos a Curitiba, com seu livro: Curitiba, Capital Ecológica.
Apesar de nunca ter atuado profissionalmente, sua galeria revela um valoroso trabalho documental.
Despertou para a fotografia em 1978, quando sua primeira filha nasceu. O que remete a essência do ato de fotografar. Mais do que um trabalho ou arte, fazer fotos é querer eternizar momentos significativos. É antes entusiasmo e depois técnica.
Depois disso, freqüentou o Foto Clube do Paraná, do qual foi diretor. Nesse tempo, (anos 80) conviveu com alguns fotógrafos reconhecidos, como Carlos Ravazzani e José Paulo Fagnani.
Esses dois fotógrafos fizeram registros primorosos do pouco que ainda resta da mata atlântica no mundo, que está principalmente na Serra do Mar. Esse trabalho foi muito mais relevante do que outro, só de Ravazzani, quando ele surfou na onda dos títulos questionáveis atribuídos a Curitiba, com seu livro: Curitiba, Capital Ecológica.
Não se apurou a importância dessa proximidade. Mas é possível que a convivência com esses nomes tenha influenciado o estilo do trabalho de Ricardo.
Parte das suas imagens são registros belíssimos de Curitiba e Região metropolitana, onde locais e costumes corriqueiros ganham muito efeito.
Algumas fotos mostram o domínio em várias técnicas, como o contra luz, por exemplo.
Numa foto da igreja de Rondinha, nos arredores de Curitiba, uma torre como tantas outras, ganha beleza única. Uma vocação clássica dos bons fotógrafos, a de encontrar lirismo em algo comum. O que pode ser percebido também na foto do saguão da rodoviária, lugar não muito agradável, mas que num click, com bom aproveitamento da luz, ficou simpático.
Algumas fotos mostram o domínio em várias técnicas, como o contra luz, por exemplo.
Numa foto da igreja de Rondinha, nos arredores de Curitiba, uma torre como tantas outras, ganha beleza única. Uma vocação clássica dos bons fotógrafos, a de encontrar lirismo em algo comum. O que pode ser percebido também na foto do saguão da rodoviária, lugar não muito agradável, mas que num click, com bom aproveitamento da luz, ficou simpático.
Algumas imagens poderiam compor um catálogo turístico. Outras não, por retratarem atmosferas inexistentes no olhar cotidiano, caberiam mais num filme de arte, ou num documentário subjetivo.
Ainda, algumas fotos poderiam ser expostas em revistas modernosas de arte conceitual, como a feita no museu do olho, onde um homem figura como o movimento que realça a arquitetura do ambiente. Mesma característica da foto em que uma moça trajada para o trabalho, numa obra, vira objeto artístico no meio de paredes vazias.
Essa face do trabalho de Ricardo, já não se identifica com o estilo dos seus colegas de Foto Clube, ao menos os que foram citados aqui.
Os vários gêneros encontrados no conjunto da sua obra e até a comparação com nomes conhecidos, acabam firmando uma suspeita: a diferença entre milhares de fotógrafos que ganharam fama e dinheiro e alguns “amadores” , como Ricardo Alfredo Santos, é que alguns, devido a circunstâncias, expõem ou anunciam suas habilidades, outros não.
Crítica aos que lucram? Injustiça? Desperdício? Nada disso, apenas o prazer puro e simples, de fotografar. Na fotografia, nada está a cima dessa sensação.
Essa face do trabalho de Ricardo, já não se identifica com o estilo dos seus colegas de Foto Clube, ao menos os que foram citados aqui.
Os vários gêneros encontrados no conjunto da sua obra e até a comparação com nomes conhecidos, acabam firmando uma suspeita: a diferença entre milhares de fotógrafos que ganharam fama e dinheiro e alguns “amadores” , como Ricardo Alfredo Santos, é que alguns, devido a circunstâncias, expõem ou anunciam suas habilidades, outros não.
Crítica aos que lucram? Injustiça? Desperdício? Nada disso, apenas o prazer puro e simples, de fotografar. Na fotografia, nada está a cima dessa sensação.
3 comentários:
Conheço o Ricardo, trabalhamos juntos na mesma empresa, apenas em unidades diferentes. Surpreendo-me de forma extremamente positiva com mais esta fantástica habilidade que ele desenvolveu. Só me resta parabenizá-lo pelo desenvolvimento de técnicas tão apuradas e extremo bom gosto.
A foto da torre da igreja é maravilhosa. Soube explorar a cena de forma perfeita, compondo a fotografia com esmero e tem ainda o mérito de fazer tão bem um contra-luz.
A imagem me fez lembrar o poeta Luiz Piloto: "O céu de Curitiba me faz orar".
Conheço as fotos do Ricardo tanto no site Olhares como em albúm de família, são realmente maravilhosas.
Parabéns Ricardo pelo seu dom em eternizar momentos com tanta habilidade.
Selva Maria
O talento, o extremo bom gosto e o perfeccionismo nas fotos e em tudo que faz, são as marcas registradas do RAS.
Suas fotografias enchem os olhos daqueles poucos afortunados que tem acesso ao seu valioso acervo, já que sua humildade e a absoluta ausência de vaidade no seu trabalho impedem a merecida divulgação.
Parabéns e obrigada Guilherme por nos ter honrado com seu gentil e muito bem escrito artigo, no qual delineou generosamente o grandioso talento de meu tio RAS.
Juliana Paredes.
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